Discípulo de Tupac e do Mestre Jesus

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Negro carioca, estilo absoluto! Filho do Pai Celeste com a Mãe África! Adorador da vida, da natureza, dos que buscam Deus e suas virtudes...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Eu sou deus. E você está fora do meu reino."

*tirado do blog de Ricardo Noblat, colunista do Jornal O Globo Online <http://oglobo.globo.com/pais/noblat>, visitado em 22/10/2010

(entre parênteses: por que eu não dou uma sorte dessa?? :( )

Tarde. Expediente frenético, já meio bolado com ele (não que ele seja ruim, mas é que odeio a questão de pessoas usarem a cretinice de se promover em cima de erros dos outros - principalmente subalternos diretos que necessitam de orientação constante de como trabalhar corretamente pra agradar o "chefão"), e um dos meus colegas de trabalho, me mostra uma notícia que me chamou a atenção, e como se ele tivesse advinhando o que eu tava pensando sobre o meu trabalho naquele momento:

"Eu sou Ari Parglender, presidente do STJ. Você está demitido"


Fui lendo a matéria. Tratava-se de um dia de fúria de um projeto de "deus" colocado, pela Lei Maior do cidadão brasileiro, como um dos guardiões da Justiça, contra o seu funcionário - um estagiário - dos seus domínios funcionais. Mais. um mortal, como eu que, coincidencia ou não, também trabalha numa casa dessas da Justiça brasileira.

O motivo? Leiam abaixo...

"
Marco (o estagiário) estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.

A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.

No mesmo momento, Marcos se encaminhou a outro caixa - próximo de Pargendler - para depositar um cheque de uma colega de trabalho.

Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.

Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.

Incomodado com a proximidade de Marcos, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal."

Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.

O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.

Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.

Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.

Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era."

Depois de ouvir trocentos "absurdo" da parte do meu colega de trabalho, foi a minha vez de pronunciar:

- Nada tão anormal, pra quem ouve que "juízes acham que são deuses e magistrados têm certeza da divindade".

Acontece que, enquanto a lei tratar os iguais com os iguais, e os desiguais com os desiguais, SEMPRE ocorrerá esse tipo de coisa. Querem ver? Continua...

"O delegado Laercio Rossetto disse ao blog (blog do Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo) que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado."

(Um pequeno parêntese: como assim, "foro privilegiado"? Mais uma prova da "divindade" do ministro.)

Me perguntaram o que eu achei da matéria. Disse que era fato comum, que "nunca acontece", principalmente aqui, no Judiciário onde trabalho (entenderam a ironia?), porém não ventilado aos quatro ventos. Tanto é que na mesma matéria diz que na carta de demissão (literalmente sem justa causa) do pobre mortal, não especifica os motivos da demissão e até mesmo no registro funcional do rapaz não vai constar NADA do ocorrido, como se ele tivesse pedido desligamento. Afinal de contas, quem dos mortais, na sua vã sapiência, vai produzir provas contra um "deus"? Vejamos, aí, um princípio constitucional dado ao "deus": o de auto-defesa não-probatório (ninguém produzirá provas contra si mesmo).

Mas então, o que o rapaz, além de registrar o feito bizarro, deve fazer? Simples! O que eu faria. Incomodava a Dona Themis, subchefe do "deus" mencionado (porque sabemos muito bem Quem é o Chefe dos deuses da Justiça, o Juiz de toda a terra), a fazer o seu representante reparar moralmente o seu ex-funcionário, bem como responder à ela o que ele, sob o manto da divindade, o têm feito com ela.

É... pelo visto vai sobrar pro Juiz justo que se ira (com toda razão) todos os dias, ainda mais com esses fatos... (Salmos 7. 11)